quinta-feira, 5 de agosto de 2010



http://www.youtube.com/watch?v=ASdHSmNGUoU


http://www.youtube.com/watch?v=yftYYUzMExM&feature=related


http://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q&feature=related

Biografia de Ziraldo (detalhada)

Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais. É o mais velho de uma família de sete irmãos. Seu nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o de seu pai, Geraldo. Assim surgiu o Zi-raldo, um nome único.

Passou a infância em Caratinga, onde cursou o Grupo Escolar Princesa Isabel. Em 1949 foi com o avô para o Rio de Janeiro, onde cursou dois anos no MABE (Moderna Associação de Ensino). Em 1950 voltou para Caratinga para fazer o Tiro de Guerra. Terminou o Científico no Colégio Nossa Senhora das Graças. Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
No ano seguinte casou-se com Vilma Gontijo, após sete anos de namoro. Ziraldo tem três filhos - Daniela, Fabrízia e Antônio - e seis netos.
Desenha desde que se entende por gente. Quando criança, desenhava em todos os lugares - na calçada, nas paredes, na sala de aula... Outra de suas paixões desde a infância é a leitura. Lia tudo que lhe caía nas mãos: Monteiro Lobato, Viriato Correa, Clemente Luz (O Mágico), e todas as revistas em quadrinhos da época. Já nesse momento, ao ler as páginas do primeiro "gibi", sentiu que ali estava o seu futuro.

A carreira de Ziraldo começou na revista Era Uma Vez... com colaborações mensais. Em 1954 começou a trabalhar no Jornal A Folha de Minas, com uma página de humor. Por coincidência, foi esse mesmo jornal que publicou, em 1939, o seu primeiro desenho, quando tinha apenas seis anos de idade!




Revista

O CRUZEIRO - capa de Ziraldo


caricatura de

Chico Anísio

por Ziraldo


desenho da Supermãe de Ziraldo


desenho do Saci Pererê de Ziraldo


desenho de Ziraldo sobre a Ditarura Militar


capa do livro FLICTS de Ziraldo


capa da

revista QG


página 12 do livro Menino Maluquinho


revista Bundas
Em 1957, começou a publicar seus trabalhos na revista A Cigarra e, posteriormente, em O Cruzeiro. Em 1963, começou a fazer colaborações para o Jornal do Brasil. Trabalhou ainda nas revistas Visão e Fairplay.
Ziraldo fez cartazes para inúmeros filmes do cinema brasileiro, como Os FuzisOs CafajestesSelva TrágicaOs Mendigos, etc. Foi no Rio de Janeiro que Ziraldo se consagrou um dos artistas gráficos mais conhecidos e respeitados nacional e internacionalmente.

Entretanto, devido à diversidade de sua obra, não é possível limitá-lo apenas às artes gráficas. É um artista que tem, ao longo dos anos, desenvolvido várias facetas de seu talento. Ziraldo é também pintor, cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e escritor.

Nos anos 60, seus cartuns e charges políticas começaram a aparecer na revista O Cruzeiro e no Jornal do Brasil. Personagens como Jeremias, o Bom, a Supermãe e, posteriormente, o Mineirinho tornaram-se popularíssimos.

Foi também na década de 60 que realizou seu sonho infantil: transformou-se num autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero feita por um só autor, reunindo uma turma chefiada pelo saci-pererê, figura mais importante do imaginário brasileiro. Os personagens dessa turma eram um pequeno índio e vários animais que formam o universo folclórico brasileiro, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja. A Turma do Pererê marcou época na trajetória das histórias em quadrinhos no Brasil.
Em 1964, com a tomada do poder pelos militares, a revista encerrou sua carreira. Era nacionalista demais para sobreviver àqueles tempos. Entretanto, a força desses persoagens, tão tipicamente brasileiros, resistiu aos difíceis anos da ditadura. Em 1975 voltaram a ser publicados pela Editora Abril. Atualmente as melhores histórias estão sendo reeditadas em álbuns pela Editora Salamandra.

Durante o período da ditadura militar (1964-1984), Ziraldo realizou um trabalho intenso de resistência à repressão. Fundou, junto com outros humoristas, o mais importante jornal não-conformista da história da imprensa brasileira, O Pasquim. Ziraldo o considera um grande celeiro dos humoristas pós-68.
Quando foi editado o AI-5, durante a Revolução Militar, muita gente contrária ao regime procurou se esconder para escapar à prisão. Ziraldo passou a noite ajudando a esconder os amigos e não se preocupou consigo mesmo. No dia seguinte à edição do famigerado ato, foi preso em sua residência e levado para o Forte de Copacabana por ser considerado um elemento perigoso.

Em 1968, Ziraldo teve seu talento reconhecido internacionalmente com a publicação de suas produções na revista Graphis, uma espécie de “pantheon” das artes gráficas. Teve ainda trabalhos publicados nas revistas internacionaisPenthouse e Private Eye, da Inglaterra, Plexus e Planète, da França, e Mad, dos Estados Unidos.

No ano de 1969, grandes acontecimentos marcaram a vida do artista. Ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32.º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina, patrocinado pela Associação Internacional de Imprensa e recebido em Caracas, Venezuela. Foi convidado a desenhar o cartaz anual do Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino.

Ziraldo fez um mural para a inauguração do Canecão, casa noturna do Rio de Janeiro, numa parede de mais de cento e oitenta metros quadrados. Essa obra foi reproduzida em várias revistas do mundo, mas se encontra hoje escondida atrás de um painel de madeira.
Foi ainda naquele ano que publicou seu primeiro livro infantil,FLICTS, que relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. Nesse livro, usou o máximo de cores e o mínimo de palavras. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil presenteou com um exemplar desse livro os astronautas americanos que pisaram na Lua pela primeira vez quando estes visitaram o Brasil. Neil Armstrong, um deles, leu o livro e, comovido, escreveu ao autor: "The moon is FLICTS".

Na década de 70, com seu trabalho já consagrado, continuou abrindo caminhos no Brasil e no mundo. Desde 1972, seus trabalhos são sempre selecionados pela revista Graphis AnualGraphis Porter.
Diversas revistas internacionais usam seus desenhos em capas, inclusive a Vision, a Playboy e a GQ (Gentlemen’s Quaterly). Seus cartuns percorrem revistas de várias partes do mundo. Alguns de seus desenhos foram selecionados para fazer parte do acervo do Museu da Caricatura de Basiléia, na Suíça.

A partir de 1979, Ziraldo passou a dedicar mais tempo à sua antiga paixão: escrever histórias para crianças. Nesse ano, publicou O Planeta Lilás, um poema de amor ao livro, em que mostra que ele é maior que o Universo, pois cabe inteirinho dentro de suas páginas.

Em 1980, Ziraldo recebeu sua maior consagração como autor infantil, na Bienal do Livro de São Paulo, com o lançamento deO Menino Maluquinho. Esse livro se transformou no maior sucesso editorial da feira e ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo. Foi adaptado para o teatro, o cinema e para a web e teve uma versão para ópera infantil, feita pelo maestro Ernani Aguiar. O Menino Maluquinho virou um verdadeiro símbolo do menino nacional. Em 1989, começaram a ser publicadas a revista e as tirinhas em quadrinhos esse personagem.

Em 1994, O Menino Maluquinho, o Bichinho da Maçã, a Turma do Pererê e o próprio Saci-Pererê transformaram-se em selos comemorativos de Natal. Devido a essa homenagem dos Correios e Telégrafos ao artista, sua arte foi espalhada pelos quatro cantos do planeta, com votos de boas festas, feliz Natal e feliz ano novo. Os livros de Ziraldo já foram traduzidos para várias línguas, entre elas espanhol, italiano, inglês, alemão, francês e basco.

Como todo brasileiro, Ziraldo aprecia o carnaval. Foi um dos primeiros a desfilar com a Banda de Ipanema, ao lado de Albino Pinheiro, Leila Diniz e a turma do O Pasquim. Seu livro FLICTS já foi enredo de escola de samba em Juiz de Fora, e Ziraldo desfilou no chão ao lado do filho Antônio. Mais recentemente, no carnaval de 1997, Ziraldo foi novamente homenageado. Desfilou no alto de um carro com um enorme Menino Maluquinho, do qual desceu com o auxílio de um guindaste!

Ziraldo também já teve diversas passagens pela televisão. Participou como jurado de inúmeros programas, festivais e até de concurso de Miss Brasil nos anos 60. Foi umentrevistador muito comentado na TV Educativa, com o programa “Ziraldo — o papo”, no início dos 90. Quando entrevistado, tem sempre pontos de vista interessantes a defender. Foi a personalidade que mais vezes compareceu ao programa “Jô Soares Onze e Meia”. Uma de suas frases mais conhecidas é "Ler é mais importante do que estudar". Outras idéias que ele lançou em entrevistas e que se tornaram quase campanhas públicas foram a de semear jardins de flores nas cidades e a de combater a subnutrição com macarrão vitaminado.
Em 1999, criou, de uma só vez, duas revistas que sacudiram os conceitos do ramo editorial: Bundas e PalavraBundas foi uma resposta bem-humorada à ostentação dos “famosos” que semanalmente aparecem na revista Caras. Reuniu grandes escritores, analistas políticos e cartunistas, muitos revelados no O Pasquim. Ao contrário do que o nome podia sugerir, era uma revista que tratava de assuntos muito sérios, todos ligados ao destino político do país. Por sua vez, Palavra se destinava a divulgar e discutir a arte que se faz longe do eixo Rio—São Paulo, que concentra a maior parte das publicações nacionais do gênero. É uma revista marcada pelo requinte da produção gráfica e pela originalidade do conteúdo.
Por ter criado uma vasta obra na área da literatura infanto-juvenil, Ziraldo foi convidado, em 2000, para montar um parque de diversões temático em Brasília. No Ziramundo, as crianças podem rodar dentro da panela do Menino Maluquinho e subir à Lua com o FLICTS.
Com o fim de Bundas, Ziraldo continuou a articular seus colaboradores para sustentar uma publicação de humor e opinião. Logo no início de 2002, surgiu OPasquim21, um jornal semanal que faz alusão ao histórico O Pasquim e continua a revelar talentos, especialmente na charge política e na caricatura.

No carnaval de 2003, Ziraldo voltou a ser homenageado por uma escola de samba. A paulistana Nenê de Vila Matilde levou o enredo “É Melhor ler... O Mundo Colorido de um Maluco Genial” e conquistou o 4° lugar. Mais uma vez, Ziraldo subiu num enorme carro alegórico e desfilou emocionado.

O marco dos 70 anos também foi oportunidade para a realização de um documentário sobre sua vida e obra, “Ziraldo, profissão cartunista”, exibido na TV Senac e realizado por Marisa Furtado.

No mesmo ano estreou a ópera “O Menino Maluquinho” no Theatro Central de Juiz de Fora. A ópera foi escrita pelo maestro Ernani Aguiar com libreto de Maria Gessy. Os papéis principais são cantados por dois meninos e uma menina acompanhados por um coro também de crianças.
Em 2004 Ziraldo ganhou, com o livro Flicts, o prêmio internacional Hans Christian Andersen.

Sua arte faz parte do nosso cotidiano e pode ser identificada em logotipos famosos; ilustrações de livros e revistas; caixinhas de fósforos, que viraram itens de colecionador; cartazes da Feira da Providência (no Rio) e do Ministério da Educação; centenas de camisetas e símbolos de campanhas públicas ou privadas. Ziraldo está sempre envolvido em novos projetos.

Biografia de Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais. Começou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão, como Jornal do Brasil, O Cruzeiro, Folha de Minas, etc. Além de pintor, é cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista e escritor. saci pererê

A fama começou a vir nos anos 60, com o lançamento da primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um só autor: A Turma do Pererê. Durante a Ditadura Militar (1964-1984) fundou com outros humoristas O Pasquim - um jornal não-conformista que fez escola, e até hoje nos deixa saudades. Seus quadrinhos para adultos, especialmente The Supermãe eMineirinho - o Comequieto, também contam com uma legião de admiradores.

Em 1969 Ziraldo publicou o seu primeiro livro infantil, FLICTS, que conquistou fãs em todo o mundo. A partir de 1979 concentrou-se na produção de livros para crianças, e em 1980 lançou O Menino Maluquinho, um dos maiores fenômenos editoriais no Brasil de todos os tempos. O livro já foi adaptado com grande sucesso para teatro, quadrinhos, ópera infantil, videogame, Internet e cinema. Uma seqüência do filme deve ser lançada em breve!

Os trabalhos de Ziraldo já foram traduzidos para diversos idiomas, como inglês, espanhol, alemão, francês, italiano e basco, e representam o talento e o humor brasileiros no mundo.
Convite à Loucura 


A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa. 
Todos os convidados foram. 
Após o café, a loucura propôs: 
- Vamos brincar de esconde-esconde? 
- Esconde-esconde? O que é isso?, perguntou a curiosidade. 
- Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até 100 e vocês se escondem. Ao terminar de contar, eu vou procurar e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar. 
Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça. 
- 1,2,3..., a loucura começou a contar. 
A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. 
A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. 
A alegria correu para o meio do jardim. Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.
A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra. 
A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. 
O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no 99.
- 100!, gritou a loucura. Vou começar a procurar... 
A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. 
Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar. 
E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez... 
Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou: 
- Onde está o amor? 
Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo. 
Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor aparecer. 
Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. 
Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer. 
Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.

Moral da história: 
O amor aceitou as desculpas e é por isso que hoje e em todo o sempre, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.
As anedotas do Pasquim
Ipanema
Um anão foi à praia em Ipanema pela primeira vez. Voltou para o circo todo entusiasmado.
- Que tal a praia? - perguntou-lhe o gigante.
- Uma beleza! - respondeu o anão. - Cada joelho!!...
   
Português
Um português telefona pra agência de viagem:
- Por favor, quanto tempo leva um avião pra Lisboa?
- Um minuto...
- Obrigado - e desligou.
 
   
É Fogo!
Um maluco telefona pro corpo de bombeiros, informando que está pegando fogo no hospício. Menos de dez minutos depois, olha as viaturas chegando ao local. Os bombeiros saltam do carro e o comandante pergunta:
- Onde é o fogo?
E o louco:
-Vocês vieram tão depressa que eu ainda não acendi!
Piadas do Mineirinho
Viagem
Um mineiro encontrou o outro na rodoviária e perguntou:
- Onde é que ocê vai, cumpadre?
- Eu vou pra Manhuaçu - respondeu o outro.
- Boa viagem - disse o primeiro mineiro, e foi saindo. E foi saindo e dizendo pra si mesmo:
- O cumpadre pensa que me engana. Ele tá dizendo que vai pra Manhuaçu pra eu pensar que ele vai pra Manhumirim. Mas ele vai é pra Manhuaçu mesmo.
   
Tomadas
Mineirinho entra numa loja de ferragens e pede uma tomada.
E o vendedor pergunta:
- O senhor quer tomada macho ou tomada fêmea?
E o mineiro:
- Ô, moço, acho que tanto faz. Nós qué uma tomada é pra acender a luz e não pra fazer criação.
 
   
Médico
Mineirinho chegou aqui no Rio e tinha que ir ao médico. Aí, quando disseram o preço da consulta, ele quase caiu da cadeira.
- Como é que eu vou fazer?
E o outro, que já morava no Rio há mais tempo falou para ele que conhecia um médico que cobrava a metade dos outros. E com uma vantagem: na segunda vez que o cliente voltava lá, aí ele cobrava a metade da metade.
Mineirinho não teve dúvida. Foi a este médico. E foi chegando e foi dizendo:
- Bom dia, doutor. Sou eu, de novo!
 
  
À mesa
Lá ia o capiau na mesa do restaurante do trem, comendo sua comidinha bem devagar, quando sentaram-se à mesa uma senhora com os seus dois filhos. Pediram a comida e, enquanto aguardavam, o capiauzinho calmo acabou de comer. Acabou, pegou um palito, esticou as pernas e soltou aquele arroto enorme. A mulher ficou escandalizada e perguntou pro capiau:
- O senhor tem o hábito de fazer isso na frente dos seus filhos?
E disse o capiau:
- Óia, dona... lá em casa a gente num tem regra fixa, não. Às vez, arrota eles, às vez, arrota eu!
 
  
Mentiras
Esta é um clássico. E clássico todo mundo tem obrigação de conhecer. E paciência para ouvir de novo. Vamos lá:
Um ventríloquo foi passear na roça. E corta logo para ele passeando na carroça de um matuto, numa tarde gostosa, cheia de silêncio. De repente, como o silêncio era tanto que tava até dando paz demais, o ventríloquo resolveu tirar um sarro com o capiau:
- Escuta, companheiro, você sabia que o seu cavalo fala?
O matuto não acreditou. Mas foi só o tempo de não acreditar e levar o maior susto; o cavalo danou a conversar com ele, e o matuto ficou maravilhado.
Aí passou um boi, e o boi falou. E passou uma vaca, e a vaca falou. E logo em seguida, o que é que vinha vindo lá? Uma cabrinha muito sestrosa, balançando as ancas, que parou bem ao lado da carroça. Parou e ficou olhando.
E já ia "dizer" alguma coisa, quando o matuto se virou e disse:
- Não acredita nela, não. Ela é mentirosa!!
As melhores anedotas do mundo
Canibais!
No meio da moderna África de hoje, um cliente entra num restaurante pra canibais:

- Me vê uma popinha recheada.
- Perdão, senhor, mas não temos.
- Então me serve um braço assado?
- Estamos em falta.
- Como estão em falta? Eu vi um homem inteirinho ali na geladeira...
- Ah, sim. É verdade. Mas aquele morreu de diabete e nós tamos guardando ele pra fazer compota.


   
Pão de Queijo
Tá lá o velho morrendo. De repente, ele chama o filho e diz:
- Meu filho, tou sentindo um cheiro de pão de queijo.
- Mas é pão de queijo mesmo, pai. (Essa se passa em Minas Gerais, é bom explicar.)
- É sua mãe que tá fazendo, filho?
- É, pai.
- Ah, meu filho, ninguém faz um pão de queijo melhor no mundo. Que cheirinho bom, meu Deus. Que saudade me dá, meu Deus. Vai lá na cozinha, meu filho, vai. Vai lá e traz uns pãodequeijim pra mim.
- Vou, meu pai.
Uns minutos depois, e o rapazinho volta sem pão de queijo.
- Cadê, meu filho?
- Mamãe não quis dar.
- Por quê?
- Diz ela que são pro velório.
 
   
No sertão
Lá no fundo do sertão, o casalzinho namorava sentadinho no banco, na porta da cafua. No céu, uma lua linda. Os dois, sem assunto, sentados ali, um ao lado do outro, caladinhos. De repente, o Zé vira pra Maria e fala:
- No que que ocê tá pensando, Maria?
- No mesmo que ocê, Zé.
E o Zé, com um sorriso maroto:
- Ocê é indecente, hem?

O MENINO MALUQUINHO

Era uma vez um menino maluquinho .
Ele tinha o olho maior que a barriga tinha fogo no rabo tinha vento nos pés umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo) e macaquinhos no sótão (embora nem soubesse o que significava macaquinhos no sótão). Ele era um menino impossível!
A melhor coisa do mundo na casa do menino maluquinho era quando ele voltava da escola. A pasta e os livros chegavam sempre primeiro voando na frente.
Um dia no fim de ano o menino maluquinho chegou em casa com uma bomba: - "Mamãe, tou aí com uma bomba!"
"Meu neto é um subversivo!" gritou o avô.
"Ele vai matar o gato!" gritou a avó.
"Tira esse negócio daí!" falou - de novo - a babá.
Mas aí o menino explicou: - "A bomba já explodiu, gente, lá no colégio."
"Esse menino é maluquinho!" falou o pai, aliviado."
E foi conferir o boletim .
Esse susto não era nada tinha outros que ele pregava.
Às vezes sem qualquer ordem do papai e da mamãe se trancava lá no quarto e estudava e estudava e voltava do colégio com as provas terminadas tinha dez no boletim que não acabava mais. E ele dizia aos pais cheio de contentamento: - "Só tem um zerinho aí, num tal de comportamento!”
A pipa que o menino maluquinho soltava era a mais maluca de todas rabeava lá no céu rodopiava adoidado caía de ponta cabeça dava tranco e cabeçada e sua linha cortava mais que o afiado cerol.
E a pipa quem fazia era mesmo o menininho pois ele havia aprendido a amarrar linha e taquara a colar papel de seda e fazer com polvilho o grude para colar a pipa triangular como o papai lhe ensinara do jeito que havia aprendido com o pai e o pai do pai do papai.
Era preciso ver o menino maluquinho na casa da vovó!
Ele deitava e rolava pintava e bordava e se empanturrava de bolo e cocada, e ria com a boca cheia e dormia cansado no colo da vovó suspirando de alegria, e a vovó dizia: - "Esse meu neto é tão maluquinho".
O menino maluquinho tinha dez namoradas!
Ele era um namorado formidável que desenhava corações nos troncos das árvores e fazia versinhos e fazia canções.
E se escalavrava nos paralelepípedos e rasgava os fundilhos no arame da cerca e tinha tanto esparadrapo nas canelas e nos cotovelos e tanta bandagem na volta das férias que todo ano ganhava dos colegas no colégio o apelido de Múmia.
E chorava escondido se tinha tristezas. O menino maluquinho tinha lá os seus segredos e nunca ninguém sabia os segredos que ele tinha (pois segredo é justo assim).
Tinha uns mais segredáveis, e outros que eram menos.
O menino maluquinho jogava futebol.
E toda a turma ficava esperando ele chegar pra começar o jogo.
É que o time era cheio de craques e ninguém queria ficar no gol. Só o menino maluquinho que dizia sempre: - "Deixa comigo!". E ia rindo pro gol para o jogo começar.
E o menino maluquinho voava na bola e caía de lado e caía de frente e caía de pernas pro ar e caía de bunda no chão.
E a torcida ria e gostava de ver a alegria daquele goleiro.
E todos diziam: - "Que goleiro maluquinho!"
E aí, o tempo passou. E, como todo mundo, o menino maluquinho cresceu. Cresceu e virou um cara legal!
Aliás, virou o cara mais legal do mundo! Mas, um cara legal, mesmo! E foi aí que todo mundo descobriu que ele não tinha sido um menino maluquinho ele tinha sido era um menino feliz!


"Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que o comum não nos atrai. 
Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. 

Um dia percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você. 
Um dia saberemos a importância da frase "tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" 

Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação!"

(Mario Quintana)